Empreendedorismo e Empreendedores

AQUI VOCÊS VÃO ENCONTRAR HISTÓRIAS INTERESSANTES SOBRE GRANDES EMPREENDEDORES, O QUE OS MOVE, SEUS HÁBITOS E O QUE ELES TEM A ENSINAR. ASSIM COMO MATÉRIAS SOBRE EMPRESAS E NOVOS NEGÓCIOS.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sistema Toyota de Produção


O Sistema Toyota de Produção, também chamado de Produção enxuta e Lean Manufacturing, surgiu no Japão, na fábrica de automóveis Toyota, logo após a Segunda Guerra Mundial. Nesta época a indústria japonesa tinha uma produtividade muito baixa e uma enorme falta de recursos, o que naturalmente a impedia adotar o modelo da Produção em massa.
A criação do sistema se deve a três pessoas: O fundador da
Toyota e mestre de invenções, Toyoda Sakichi, seu filho Toyoda Kiichiro e o principal executivo o engenheiro Taiichi Ohno. O sistema objetiva aumentar a eficiência da produção pela eliminação contínua de desperdícios.
O sistema de
Produção em massa desenvolvido por Frederick Taylor e Henry Ford no início do século XX predominou no mundo até a década de 90. Procurava reduzir os custos unitários dos produtos através da produção em larga escala, especialização e divisão do trabalho. Entretanto este sistema tinha que operar com estoques e lotes de produção elevados. No início não havia grande preocupação com a qualidade do produto.
Já no Sistema Toyota de Produção, os lotes de produção são pequenos, permitindo uma maior variedade de produtos. Exemplo: em vez de produzir um lote de 50 sedans brancos, produz-se 10 lotes com 5 veículos cada, com cores e modelos variados. Os trabalhadores são multifuncionais, ou seja, conhecem outras tarefas além de sua própria e sabem operar mais que uma única máquina. No Sistema Toyota de Produção a preocupação com a qualidade do produto é extrema. Foram desenvolvidas diversas técnicas simples mas extremamente eficientes para proporcionar os resultados esperados, como o
Kanban e o Poka-Yoke.
De acordo com Taiichi Ohno (1988):
Os valores sociais mudaram. Agora, não podemos vender nossos produtos a não ser que nos coloquemos dentro dos corações de nossos consumidores, cada um dos quais tem conceitos e gostos diferentes. Hoje, o mundo industrial foi forçado a dominar de verdade o sistema de produção múltiplo, em pequenas quantidades.
A base de sustentação do Sistema Toyota de Produção é a absoluta eliminação do desperdício e os dois pilares necessários à sustentação é o
Just-in-time e a Autonomação.
Os 7 desperdícios que o sistema visa eliminar:
Superprodução, a maior fonte de desperdício.
Tempo de espera, refere-se a materiais que aguardam em filas para serem processados.
Transporte, nunca geram valor agregado no produto.
Processamento, algumas operações de um processo poderiam nem existir.
Estoque, sua redução ocorrerá através de sua causa raiz.
Movimentação
Defeitos, produzir produtos defeituosos significa desperdiçar materiais, mão-de-obra, movimentação de materiais defeituosos e outros.
O Sistema Toyota de Produção vem sendo implantado em várias empresas no mundo todo, porém nem sempre com grande sucesso. A dificuldade reside no aspecto cultural. Toda uma herança histórica e filosófica conferem uma singularidade ao modelo japonês.
Segundo matéria na
Newsweek International, em 2005, a Toyota Motors Company obteve lucros recordes de US$ 11 bilhões, que ultrapassa os ganhos da GM, Ford e DaimlerChrysler juntas.
Em 2007 a Toyota tornou-se a maior empresa automobilística do mundo, fato que só era previsto para 2008.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

7 lições de ouro de Steve Jobs

Criativo, inovador, perfeccionista ao extremo e com um instinto de marketing digno de um pop-star, cada discurso de Steve Jobs é esperado como um grande evento de cultura pop. Algumas de suas lições já entraram para a história:
1. “A inovação define líderes e seguidores”
A inovação só conhece um limite: a imaginação. Quem quiser ganhar um lugar de destaque tem que pensar de forma
original, além dos quatro cantos do seu escritório. A inovação não precisa ser tecnológica, pode ser um novo meio de fazer as coisas, com mais simplicidade e eficiência, uma abordagem diferente em relação ao cliente, uma linha de design mais elegante.
2. “Seja um fanático pela qualidade. A maioria das pessoas não está acostumada a um ambiente onde a excelência é a regra”.
A excelência não admite atalhos. Para alcançá-la, além de estabelecê-la como prioridade, terá que empenhar tempo, talento, habilidades e dinheiro para alcançar aqueles dois passos a mais, que fazem toda a diferença.
3. “A única maneira de fazer um grande trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o trabalho que preenche seus sonhos, não se acomode. Com todas as forças do seu coração, saberá quando encontrar”.
Felicidade, sucesso e excelência se alcançam por quatro palavras: ‘faça o que ama’. Encontre a profissão que lhe dê um senso de profundo significado, direção e satisfação na vida, o que contribuirá não apenas para sua saúde e longevidade, mas também na maneira como vai enfrentar os tempos difíceis, quando vierem.
4. ‘Um conceito do budismo é ‘uma mente aprendiz’. É maravilhoso ter uma mente aprendiz’. Uma mente aprendiz vê as coisas como são, e num relance pode perceber o significado real de atos e pessoas. Desenvolver uma mente aprendiz inclui observar o mundo e as coisas livre de preconceitos, julgamentos e fórmulas prontas, como uma criança que descobre o ambiente ao seu redor cheio de curiosidade e êxtase.
Sabe aquelas perguntas óbvias que as crianças fazem que não conseguimos responder? Aí está a mente aprendiz.
5. “Eu sou a única pessoa que eu conheço que perdeu 250 MILHÕES DE DÓLARES em um ano. É o tipo de coisa que molda um caráter”.
Não confunda cometer erros com ser um erro. Não há pessoa de sucesso que não tenha cometido erros na vida, e as que tiveram mais sucesso foram as que arriscaram mais, cometeram mais erros, aprenderam com eles e melhoraram sua performance. Steve Jobs, assim como Michael Jordan, seguiram este caminho.
Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção.
6. “Nós existimos para deixar uma marca no universo. De outra maneira, por que estaríamos aqui?”
Você já percebeu que temos coisas imensas a alcançar nesta vida, e estas conquistas futuras acabam sob o pó da rotina enquanto nos servimos mais uma xícara de café e nos enrolamos com nossas pequenas burocracias?
7. “Nosso tempo de vida é limitado, não gaste-o vivendo a vida de outras pessoas”.
Não fique preso a dogmas, não deixe o ruído de outras pessoas vencer sua voz interior e, mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e intuição que, em algum nível, já conhecem a verdade. Todo o resto é secundário.
Você já cansou de viver os projetos e sonhos de outras pessoas? É da nossa vida de que estamos falando, e temos todo o direito de definir e percorrer nosso caminho individual, sem os grilhões ou sutis barreiras criadas por outras pessoas.
É preciso se dar a chance de nutrir suas qualidade criativas, livre de pressões e medos que, na maior parte das vezes, nós mesmos construímos ao nosso próprio redor.
Agora, que tal desligar o iPod e pensar nos seus sonhos?

Fonte:
http://juliocamara.com

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Goóc

Sandálias guerreiras e sustentáveis

A trajetória perseverante de Thai Quang daria um ótimo roteiro de cinema. Aos 20 anos, o ex-refugiado político foi resgatado por um navio da Petrobras quando estava à deriva no mar. Quang desembarcou no Brasil sem falar uma palavra em português – e também desprovido de qualquer apoio do governo brasileiro. “Passei 6 meses comendo pão com mortadela de manhã e macarrão instantâneo de noite”, lembra.

Dedicado, Quang entrou no curso de matemática na USP e passou a vender as bolsas que havia recebido como pagamento de uma dívida na periferia. Seu grande click ocorreu em 2003. O empreendedor percebeu o potencial de um produto muito comum em seu país durante a Guerra do Vietnã: confeccionar sapatos com borracha de pneus e lonas vulcanizadas reaproveitadas. A idéia inovadora deu origem à Goóc, empresa de moda e vestuário que utiliza materiais reciclados como principal matéria-prima.

Empreendedor Endeavor desde 2006, Quang planeja alcançar a marca de 210 milhões de itens produzidos em 10 anos e abrir o capital da empresa, que ele carinhosamente chama de filha. Quang revela em entrevista exclusiva como sua história de vida foi decisiva para a estruturação de seu negócio.

Como foram seus primeiros anos no Brasil?
Quang - Eu não tive nenhum apoio oficial do governo quando cheguei ao Brasil, embora fosse refugiado político. Minha primeira grande vitória foi sair da minha terra, na época sob um regime comunista. Com ajuda de caridade, eu morei durante algum tempo em um albergue da igreja Nossa Senhora da Paz, no Glicério, em São Paulo. Não tinha parentes nem sabia o idioma, mas o mais importante era que eu tinha liberdade. O fato de eu ter facilidade de estudar e gostar de ler ajudou bastante. Para aprender o português, eu comprei um dicionário e o lia todo dia. Como faltava dinheiro para comida, eu passei 6 meses comendo pão com mortadela de manhã e macarrão instantâneo à noite. Aos finais de semana, eu comia fruta de feira. Nessa época, eu cheguei a pesar 49 kg, sendo que meu peso normal é 62, 63. A saudade me matava. Por mais que eu quisesse, não poderia mais voltar para o meu país.

Quando descobriu que tinha talento para abrir seu negócio?
Quang - Isso foi muito depois da minha chegada ao Brasil. Quando eu cheguei por aqui, meu sonho não era ser empreendedor. Meu primeiro objetivo era trabalhar em banco, um sonho de um jovem de 20 anos. Para chegar lá, eu entrei na Universidade de São Paulo (USP) pra cursar matemática. Foi aí que minha vida começou a melhorar. O ano de 89 foi muito ruim para as empresas. Eu morava com uma família e eles fabricavam bolsas no fundo do quintal da casa deles. Nesse ano, a empresa quebrou. Como eu tinha emprestado um dinheiro para o negócio, e eles não tinham como saldar a dívida em dinheiro, eu recebi o pagamento em bolsas. Foi então que eu tive que me forçar a sair na rua para vender o material que eu tinha em mãos.

Os conhecimentos adquiridos na faculdade ajudaram?
Quang - Demais. Eu descobri, por exemplo, que eles haviam acertado menos de 70% do valor devido. Eu teria de tirar o lucro das bolsas para não sair no prejuízo. Em uma semana, eu as vendi em lojas da periferia de São Paulo e tive um bom lucro. Então eu percebi que eu estava no caminho errado. Planejei sempre um futuro como executivo de uma grande empresa e, de repente, descobri que não era isso. A percepção fez com que parasse de trabalhar e de estudar: 15 dias depois, eu abri minha primeira empresa, que ainda não era a Goóc.

Após quanto tempo surgiu a Goóc?
Quang - A Goóc começou em 2003. Depois de 17 anos de trabalho, resolvi mudar e dar uma cara nova para a minha empresa. Eu queria levar ao consumidor um produto diferenciado, com conteúdo, pois a maioria deles não oferece nada além de estética. Agregar apenas esse valor faz com que o produto se torne muito vulnerável, pois são temporários e efêmeros. Nós temos valores melhores do que apenas o estético. Valores naturais, de bondade, resistência, perdão. Eles são muito úteis e as pessoas não os usam. Nosso produto, além de deixar a pessoa mais bonita, mais vaidosa, faz com que ela tenha mais conteúdo.

Quais foram as dificuldades do começo?
Quang - A primeira resistência que eu encontrei foi a minha família, especialmente a que eu deixei na Ásia. As famílias orientais criam laços muito fortes, são muito rígidas e as relações são complicadas. Eles não são tão zens como todo mundo pensa. Minha família não concordava com a minha atitude de lagar os estudos para abrir um negócio. É uma consciência da sociedade vietnamita. As pessoas precisam ter cultura, estudo ou a sociedade o verá com desdém. A sociedade condena o rico sem diploma. Minha família ficou 2 anos sem falar comigo, sem responder cartas, sem atender telefonemas, talvez como uma forma de punição. Mas depois que eu expliquei para eles, eles entenderam e hoje em dia nós temos um relacionamento normal.

Quais foram as principais mudanças em sua vida por causa do negócio?
Quang - É muito importante que os familiares sejam também preparados. A abertura da empresa fez com que eu trabalhasse aos sábados, domingos e de madrugada. Eu trabalhava muito, desenhava, cortava, levava para costurar na zona leste. Não tinha tempo nenhum. Além disso, qualquer lugar vazio da minha casa virava estoque. Não tinha nem lugar pra tomar banho. A vida de casado virou um inferno. Um dia, minha ex-mulher me deu um ultimato: ou eu parava ou ela ia embora. Como eu não parei, ela foi embora e levou a minha filha. Ficou 40 dias na casa da mãe, mas depois voltou e me ajudou bastante.

Pensou em desistir em algum momento?
Quang - Eu pensei em desistir uma vez. Pensei em desistir do Brasil, devido a alguns problemas particulares. Mas depois refleti e pensei nos meus funcionários, pois se eu saísse do país ou desistisse do negócio, eles ficariam sem emprego e eu não queria desamparar as pessoas que estavam me apoiando.

Quais foram suas estratégias para tornar os produtos da Goóc mais populares?
Quang - As pessoas costumam comprar produtos para melhorar a aparência física, a beleza, o conceito da estética em geral e usam esse conceito para vender cada vez mais. Eu, particularmente, não acho que o conceito seja a embalagem e sim, o conteúdo. O produto tem de servir como um meio para divulgar conceitos. E é essa idéia que diferencia nossa marca no mercado. Nossa promessa é de agregar conteúdo e não a vaidade. O conceito ultrapassa a classe social. Os nossos produtos levam uma mensagem de reforço moral, de conscientização, com uma idéia de originalidade agregada. Outra coisa é que nós conseguimos visibilidade no mercado por meio de uma entrevista que eu dei foi para um repórter da Revista Exame. Aliás, a Endeavor conheceu a Goóc por causa dela. Depois disso, o boca a boca nos ajudou muito.

Como se deu o processo de exportação dos produtos?
Quang - Nós costumamos participar de feiras de exportação e os clientes em potencial, quando conhecem o nosso produto, sabem que ele é diferente e tem qualidade para ir para outros países. Hoje, nós exportamos para Jamaica, Europa e Estados Unidos. O próximo objetivo é vender para a Austrália.

O que a Endeavor significa para sua vida?
Quang - Como em qualquer relacionamento, tenho minhas fases com a Endeavor. De qualquer forma, a presença da instituição é uma virada na minha vida profissional. Sempre nos ajudou muito, como num trabalho de reestruturação interna que estamos fazendo agora. Às vezes, a metodologia não é compatível com o que eu penso, porém, a direção e os desafios que eles propõem correspondem sempre com minhas expectativas.

Como a Endeavor tem ajudado nos processos da empresa?
Quang - Ela ajuda a mudar meu modelo mental. Eu tenho um jeito de pensar e a Endeavor tem outro. Outra coisa é que a Endeavor nos ajuda demais com a rede de relacionamento. Além disso, eles me ajudaram a cuidar da gestão. A empresa cresceu e eu percebi que tem algumas coisas que não estão do jeito que eu gostaria. Quero trabalhar bastante para organizar e manter os parâmetros para ter um crescimento muito mais forte ano que vem.

Alguns aspectos da cultura vietnamita o ajudaram?
Quang - A cultura me ajudou mais em relação ao trabalho. O vietnamita valoriza bastante a educação e o estudo e ninguém quer ser rotulado de rico burro. E, por isso, eu fui fazer o curso de Administração no Mackenzie. Daqui a uns 10 anos, eu gostaria de fazer um mestrado, um doutorado. Eu gosto muito de pesquisa e posso varar a madrugada lendo. Eu fiz um dicionário português-vietnamita com mais de 25.000 verbetes e foram mais de 800 horas de trabalho, quase 1 ano.

Quais são as principais preocupações socioambientais da Góoc?
Quang - Nós temos uma preocupação que vai além do socioambiental. Nossa empresa pode ser considerada eco-cultural. A idéia de reutilizar pneus e lonas vulcanizadas partiu de um costume das pessoas durante a Guerra do Vietnã. A falta de recursos fez com que as pessoas começassem a produzir seus próprios sapatos e roupas a partir desses materiais. Além disso, o Vietnã é um país muito pobre e as pessoas usam a criatividade para driblar a falta de recursos. E eu trouxe esse conceito ao Brasil. Pra mim, o mais importante é essa criatividade e, como conseqüência, a preocupação ambiental.

Quais são os planos futuros da empresa?
Quang - A primeira coisa agora é estabilizar a empresa para que ela possa crescer de maneira mais sustentável. E espero que, com ajuda da Endeavor, capacitar alguém para ajudar na administração da empresa. Assim, terei chance de continuar meus estudos e fazer as pesquisas que eu tanto quero.


Fonte: Instituto Empreender Endeavor




terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Conselho Empreendedor

O começo
“O empreendedor deve fazer um juramento - o de que não vai tirar dinheiro da empresa por vários e vários anos. O ideal é tirar uma soma para comer e, eventualmente, tomar um cafezinho. Sua vida deve ser bastante espartana.

Eu fiquei dez anos sem tirar dinheiro da empresa”
Miguel Krigsner, O Boticário

Franquia x Negócio Independente

Uma franquia é um negócio como outro qualquer, que exige dedicação e perspicácia. Entretanto, algumas diferenças em relação a um negócio aberto de forma independente devem ser levadas em conta.

Primeiramente, do ponto de vista de acesso ao mercado, a franquia é muito melhor do que o negócio próprio, pois já tem uma marca que é conhecida. "Já poupa um trabalho de marketing bastante pesado que é a divulgação. Tem uma vantagem competitiva muito grande", ressalta o coordenador do MBA em Marketing e Gestão de Negócios do Ibmec-RJ, Ruy Quintans.

"Quando eu compro uma franquia, tenho direito a usar uma marca que já tem uma identificação com o consumidor. Quando eu monto um negócio independente, preciso estabelecer um nome próprio. Além disso ser custoso, eu ainda preciso entender se é a melhor marca para o meu negócio", observa o diretor da ABF.

Em relação ao produto ou serviço, quando você abre um negócio independente, ainda há que se ter uma percepção do que será comercializado, sendo que a franquia já tem esse conceito. "Isso tem um lado bom e um lado ruim. O lado ruim é que uma vez tendo uma coisa inovadora, infelizmente não vai poder colocá-la no negócio", lembra Quintans.

Para Friedheim, o grande sucesso do franchising é que o produto traz uma marca associada. Além da marca, tem também um know-how operacional por trás muito interessante e um produto ou serviço que já foi testado e comprovado. "O preconceito do novo é sempre um problema", diz.

"A franquia é um negócio testado, que já tem o caminho das pedras. A marca já tem um reconhecimento e isso ajuda bastante", opina o consultor de Marketing do Sebrae-SP, José Carmo Vieira de Oliveira.

Segundo dados do Sebrae, no Brasil, em um período de cinco anos, 80% dos negócios que são abertos de forma independente fecham. Em se tratando de franquias, esse número cai para 15%. Isso significa que na franquia o risco é bastante diminuído, pelo fato de o negócio já ser conhecido. Não podemos esquecer dos ganhos de escala junto a fornecedores e em propaganda, por exemplo, que a franquia proporciona por pertencer a uma rede.

Vale lembrar que investir em uma marca já consolidada custa mais caro do que abrir um negócio próprio. O franqueado tem de pagar pelos investimentos feitos pelo dono da franquia na consolidação da marca e na manutenção desse diferencial.

O ponto comercial é outra vantagem. Teoricamente, o franqueador já tem uma noção de localização, já no negócio próprio. Essa escolha vai depender muito mais de critérios próprios do que profissionais. Por outro lado, do ponto de vista de investimento, o negócio independente leva vantagem. "Você pode investir menos em um negócio próprio do que em uma franquia, que tem exigências de construção, de local, do capital de giro. Tem toda uma padronização do negócio, que já é conhecido no mercado e implica em um investimento maior do que você teria, talvez, se tivesse um negócio por conta própria", adverte o professor do Ibmec-RJ.

A falta de flexibilidade também é um problema. "Você não é independente. Tem que seguir à risca aquilo que o franqueador determinou. Não pode inventar", diz Carmo. "Todos esses pontos dependem muito da gestão. O franqueado é peça fundamental nesse processo. Não adianta eu ter marca, bons produtos, se eu não tenho um franqueado atuante, que opere, que esteja presente no dia-a-dia, com a barriga no balcão. Tem que gerir o seu negócio", lembra Friedheim.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Instituto Empreender Endeavor Brasil

Uma das organizações que mais indico aos que gostam de empreender é o site www.endeavor.org.br.

O Instituto Empreender Endeavor é uma organização sem fins lucrativos, que tem como missão promover o desenvolvimento sustentável do Brasil, por meio do apoio a empreendedores inovadores e do incentivo à cultura empreendedora, gerando postos de trabalho e renda.

A criação de negócios inovadores e baseados em oportunidade é um dos fatores de prosperidade de um país. A existência de empreendedores dispostos a realizar grandes sonhos é fundamental para o desenvolvimento econômico.

A Endeavor existe para transformar o Brasil, identificando e dando apoio a empreendedores de alto impacto.
Empreendedores de alto impacto têm grandes idéias e planos ambiciosos. Eles possuem o potencial para criar empresas prósperas que empregam centenas, até mesmo milhares de pessoas, e geram milhões em receitas, impostos e salários.

A Endeavor concentra-se nesses empreendedores, ajudando-os a romper as barreiras que dificultam o desenvolvimento de negócios por meio de um modelo único de atuação. Com a orientação da Endeavor, tornam-se exemplos a serem seguidos, incentivam os demais a inovar e geram crescimento sustentável.

Para cumprir sua missão, a Endeavor no Brasil atua em duas frentes:

Geração de Exemplos: Com objetivo de criar exemplos inspiradores de empreendedores de sucesso para a sociedade brasileira, a Endeavor seleciona e dá apoio personalizado a empreendedores inovadores e de alto potencial, são os Empreendedores Endeavor.

Disseminação de Conhecimento: a Endeavor compartilha as lições aprendidas com o público em geral, em seu Portal na Internet, no livro “Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto” e pela realização dos Workshops Semanais Gratuitos e de Prêmios para empreendedores.

Geração de Exemplos – Empreendedores Endeavor

  • Apoio estratégico em gestão
  • Acesso a aconselhamento de profissionais voluntários
  • Orientação na captação de recursos

Disseminação do conhecimento

  • Portal Educativo:
  • Vídeos;
  • Artigos;
  • Boletim Informativo Eletrônico;
  • Calendário de Eventos;
  • Livro “Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto”;
  • Workshops Semanais Gratuitos;
  • Prêmios para Empreendedores.

Elementos básicos do empreendedor

Algumas pessoas já nascem com mais qualificação para empreender. Ou mesmo, com a facilidade em aprendê-las. Já outras não tem tanto talento assim. Mas isso não quer dizer que não possam desenvolver esses talentos e se tornarem um empreendedor. Este desenvolvimento é fundamental para toda pessoa que deseja implantar e gerir um negócio, seja ele qual for.
Quais as carácterísticas básicas de um empreendedor? O que torna uma pessoa empreendedora? Deixe seu comentário para que outros possam ler!